Abrem-se as cortinas. Eis agora o verdadeiro ato. A verdadeira dor. Como se todo o passado se materializasse e resolvesse atormentar mais um pouco. Estava tudo ali, exposto. As emoções lambuzadas de um sabor tão intenso quanto podiam suportar os ombros. Sal e pimenta a gosto. Mas ela gostava daquilo. Daquele tempero a arder os olhos. Caco de vidro serrando a pele, rompendo os laços carne-alma. Pisoteava as pedras pontiagudas a pés descalços. Não sentia medo. O tormento a entretinha. Saboreava aquela dor. Aquele céu chovendo ódio. Carniça pras suas sombras, pros corvos famintos a roer suas pernas. Mas seguia, cambaleando com a dor nos ombros. O passado era o único que podia machucar. Vermelho como sangue. Como ferida dilacerada. E aplausos.
[solitos]
Camila, eu gosto muito dessa forma que escreves, me identifico muito, digamos uma fase da minha vida que eu escrevia poemas assim, como os teus, , és tão joven e tão talentosa,somos vizinhas de cidade, será que te conheço? bom tenho muitos parentes ai onde vc mora, deve conhecê-los. beijão carinhoso.
ResponderExcluirOla =)
ResponderExcluirEstou agora mesmo a ler o teu blogue e já li os dois primeiros posts, e estou a gostar =)
No meu passado, identificava-me imenso com as tuas palavras. Gosto da tua expressividade e da forma como escreves, parabéns.
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Gostei do seu blog.
ResponderExcluirRealmente o passado É o único que pode nos machucar, seja com lembranças, com sentimentos guardados, com os restinhos que sempre estão presentes... Mário Quintana diz que o passado nunca reconhece seu lugar e está sempre presente. Concordo com ele e adorei seu belo post!
Voltarei mais vezes ao seu blog!
Beijos!
Laura :)
Intenso! Como intensa às vezes é a vida.
ResponderExcluirFabuloso! Gostei muito.
Abç!
Olá... Também gostei daqui e mais ainda, gostei do que eu li. Gostei mesmo. Bj,
ResponderExcluirLL